domingo, 16 de agosto de 2009

Quando é que regressamos todos para Angola?

A pergunta é mais do que a mesma, quando voltas para a terra de vez? Ou melhor já terminou os teus os estudos, o que estais em Portugal a fazer? Regressa lá é que está a dar?
Nos encontros ocasionais com os meus concidadãos o tema da conversa é mais do que o mesmo. Desde camaradas, amigos e familiares a pergunta não demora, entre risos e abraços, lá vem a pergunta quando é que regressas? Essa pergunta, já é uma pergunta de referência nas conversas quotidianas entre os Angolanos na diáspora.

QUANDO É QUE REGRESSAS?


É uma questão fulcral do dia a dia dos angolanos em Portugal, seja em casa, na rua, café, na discoteca e ao telemóvel ouvimos essa questão. A pergunta assumiu uma dimensão em termos comparativos as velhas perguntas que todos fazíamos que era quando é que a guerra termina e quando é que teremos paz. Mas, no actual cenário a questão é saber quando é que os quadros angolanos regressam a Angola. A guerra terminou e a paz veio para ficar, agora a Pátria reclama os seus pertences, que saíram muitos para estudar e agora são verdadeiros doutores.
É verdade a Pátria chama com alvor os filhos da terra, e clama todos os dias, é tempo de fazer as malas, respondendo assim aos apelos da Pátria Angola. Enfrentar a realidade de um País saído da guerra. Mas agora com um potencial enorme e que começa a dar passos positivos na esfera económica.
Regressar ou não regressar eis a questão paradoxal, mas que pesa diariamente a todos os que ainda no resplendor da vida sentem esse apelo, regressar e ganhar dinheiro, regressar e melhorar o que tem de ser melhorado ou regressar e gozar a vida. Regressar e contribuir para o desenvolvimento, regressar para ser respeitado, regressar para ajudar a família ou regressar para morrer na terra num acidente de carro, ou com um paludismo, cólera, ou num assalto, etc.
É fácil dizer volta ou regressa, mas é difícil lá dar protecção. Bem sei, que o País precisa dos seus académicos, engenheiros, doutores, mestres, gestores, economistas, filósofos e estudiosos.
Tudo depende das políticas do governo para o regresso dos quadros. Daquelas políticas que conhecemos são pouco eficazes e até questionáveis do ponto de vista constitucional. Mas no quadro geral os apoios para o regresso dos quadros para Angola já foi melhor, agora está cada um por si, e chegamos lá estamos sempre por conta própria.
Quanto a pergunta de referência é quando regressas de vez? Não há uma resposta concisa porque, também não há uma política definida que responda a essa questão.









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